Esse dia chuvoso sempre nos faz despertar sobre coisas do nosso passado. Então, ouvindo a música de George Benson “This Masquerade”, me lembrei da minha experiência no Rock in Rio, quando ainda era universitária do campus da Estácio na rua do Bispo, no Rio Comprido. Na época, “duranga-kid” queria fazer uma graninha com algum trabalho, mas, qual?
Eis que, descendo a ladeira da Estácio – quem estudou lá sabe o que estou dizendo (risos), vejo que havia uma empresa recrutando pessoas para trabalharem no Rock in Rio. Minha primeira opção não era essa! Já havia lido que a Artplan também havia aberto vaga para tradutor, mas naufraguei diante dessa possibilidade, na época da entrevista, tão nervosa não conseguia lembrar nem mesmo a palavra Maracanã.
Essa então seria a opção final. Me inscrevi na Part Time. Função? Caixa da Coca-Cola. O quê? Logo eu que odiava os números e amante das letras ia me aventurar em lidar com números e, principalmente, dinheiro alheio? Mas, não quis saber o objetivo era trabalhar no Rock in Rio e faturar uma grana. Meus pais logo me interpelaram: como você vai trabalhar em um evento de rock? Como irá e como voltará? Mas, essas eram perguntas para serem respondidas depois. Meu negócio era trabalhar.
Então, fui a entrevista e me selecionaram para o ofício. Deixa quieto que não falei com eles da minha inabilidade para lidar com números. Pouco importava, o negócio era trabalhar! Repetia isso sempre dentro de mim. As vendas de refrigerantes e cervejas seriam em forma de bottons. Cada parte do bottom dava direito a um refrigerante e os dois juntos permitia que fosse comprada uma cerveja. Mole!
Para minha sorte, vocês sabem onde ficava o meu stand de venda (vou chamar assim porque não lembro mais como se chamava)? De frente para o palco. Muita sorte! Poderia assistir aos shows, enquanto trabalhava. Nada poderia ser mais conveniente. Agora, não me perguntem quanto eu faturei depois de trabalhar por oito dias exaustivos porque, com certeza, não me lembrarei.
O fato é que estava preparada para encarar! Sempre adorei aventuras e, principalmente, sair da chamada zona de conforto. Na época, não tínhamos essa percepção, mas já corria nas minhas veias o gosto por coisas novas...
Ah, esse Rock in Rio do qual me refiro foi a segunda edição, em 1991.
Continua amanhã!
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